Tem graduação em Zootecnia, pela Universidade Federal de Santa Maria – RS entre 1985-1988. Fez mestrado entre 1998-2000 e doutorado entre 2005-2009. Ambos os cursos de pós-graduação foram em “Ecologia e Conservação”, em Campo Grande – MS, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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Porém, foi no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul – IMASUL, vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA-MS, que realizou as primeiras ações mais sólidas e voltadas para a conservação da natureza. Foram 11 anos consecutivos (1992 a 2003) de atuação como gestora ambiental (concursada), onde desempenhou a função de Coordenadora de Fauna Silvestre/Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (sete anos) e Gerente de Conservação da Biodiversidade (quatro anos). Ao longo desses anos esteve à frente da elaboração e coordenação da execução de importantes programas e projetos governamentais, tais como: Plano Nacional de Meio Ambiente – PNMA (Reestruturação do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do MS – Convênio MMA/SEMA – 1992-1996), Programa Pantanal (Manejo e Conservação da Fauna em MS – Convênio Governo do Estado/BID – 1997-2003) e Projeto GEF Pantanal (Medidas para o gerenciamento do comércio de animais vivos no Pantanal – MS – Convênio Governo do Estado/OEA – 1998 – 2003).
Em 2003, deixou o IMASUL – SEMA MS para dedicar-se à conservação da natureza por meio de uma organização não governamental que ajudou a fundar, dez anos antes (1993): a Fundação Neotrópica do Brasil (FNB). Vale ressaltar que criação da FNB foi uma iniciativa de um grupo de amigos, preocupados diante das dificuldades de levar à frente iniciativas ambientais “apenas” no âmbito do Governo Estadual. Nos primeiros anos da instituição nos dedicamos incansavelmente a mobilizar a sociedade em prol da criação do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, Bonito – MS (Decretado em 2000). Em sua trajetória pela FNB atuou como coordenadora de projetos até fevereiro de 2010, quando assumiu a Superintendência Executiva. Além da representação institucional, atua na coordenação de toda a equipe (técnica e administrativo-financeira), bem como na captação de recursos financeiros e execução da gestão política institucional, definida pelo Conselho Curador, em suas diferentes linhas de ação (conservação de habitat, pagamento de serviços ambientais, adequação ambiental, capacitação na área ambiental, entre outros).
Entretanto, entre as diferentes questões que atuou, em prol da conservação ambiental, o que mais chamou sua atenção foi à questão do tráfico de animais silvestres no Pantanal. Esse é um bioma que “funciona” como grande “fornecedor de espécimes”, para dentro ou fora do Brasil. Destaque especial aos papagaios-verdadeiros, retirados da natureza aos milhares, todos os anos. Daí nasceu em 1997, por iniciativa pessoal o “Projeto papagaio-verdadeiro”, que é realizado sem interrupções na planície pantaneira e planaltos do entorno, no Mato Grosso do Sul. Desde então, conduz pessoalmente todas as ações do projeto que, em 2012, completou 15 anos de existência e já incorporaram em seu escopo as outras espécies de psitacídeos que ocorrem no “continuum” Pantanal Sul – Serra da Bodoquena.